sexta-feira, 26 de abril de 2013

A Cor Do Invisível


"E por isso minhas palavras são quotidianas como
[o pão nosso de cada dia
E a minha poesia é natural e simples como a água bebida
[na concha da mão"

Este livro foi publicado ainda quando Quintana era um senhor bem idoso, juntando-se aqui alguns poemas novos com outros já antes publicados, como também alguns outros poemas reeditados.

Eu já tinha entrado em contato com várias das poesias de Mário Quintana, mas nunca tinha parado para ler um livro seu e antes mesmo de ler uma obra sua, eu já me via encantado com a simplicidade e impacto que suas palavras me causavam... E neste livro não foi diferente: as poucas palavras de seus poemas conseguem nos encher das minhas diversas alegrias, ora tristezas e cada palavra posta ali carrega sua quantia de reflexão.

O livro é curto, mas a subjetividade nas entrelinhas é gigantesca e é justamente isto que faz este livro tão maravilhoso! É ler um poema, fechar o livro e começar a refletir. Como o próprio Quintana pontua: "O Poema/ essa estranha máscara/ mais verdadeira do que a própria face...."  ou "O poema é uma garrafa de náufrago jogado ao mar/ Quem a encontra/ Salva-se a si mesmo..."

Os temas aqui presente são vários e o título do livro resume bem seu conteúdo: "A Cor Do Invisível" são as palavras desse Mestre da Poesia que tenta dar uma forma, mesmo que incompleta, das coisas que são invisíveis aos nossos olhos... Livro essencial para quem é fã de poesia ou para quem gosta de se deliciar com as simples palavras de um grande autor!

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